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IPCA desacelera em junho e marca primeira deflação em 11 anos

por Portal Brasil
Publicado: 07/07/2017 10h09
Última modificação: 07/07/2017 10h47

Desde 2006, a inflação oficial do País não registrava uma variação negativa

Em meio à estabilização da economia, o País registrou queda nos preços (deflação) pela primeira vez em 11 anos. Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, apresentou retração de 0,23%. Esse também é o melhor resultado para o mês desde a criação do Plano Real, em 1994.

Diante desse desempenho, a inflação acumulada nos últimos 12 meses voltou a cair, de 3,60% para 3,00%. No primeiro semestre, o IPCA ficou em 1,18%, bem abaixo dos 4,42% registrados no mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o órgão, todos os grupos de produtos e serviços que mais pesam nas despesas domésticas registraram queda. São eles: habitação (-0,77%), transporte (-0,52%) e alimentação (-0,50%).

No caso da habitação, a queda nos preços de energia elétrica foi o maior responsável pelo desempenho do grupo. No mês, as tarifas de eletricidade apresentaram retração de 0,20 ponto percentual. Já no grupo de transportes, a principal influência foi a queda de 1,94% nas passagens de ônibus interestadual.

No grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 26% da despesa das famílias, a queda foi puxada pelos alimentos de consumo em casa, que ficaram 0,93% mais baratos em junho.

Redução de metas

O resultado ocorre poucos dias após o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduzir a meta de inflação para os próximos anos. Atualmente em 4,5%, a meta inflacionária passa a ser de 4,25% em 2019 e de 4% em 2020, ambas com 1,5 ponto percentual de tolerância.

Neste ano, a expectativa dos especialistas é que o IPCA encerre o ano em 3,46%, ante a estimativa anterior de 3,48%.

Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/07/ipca-desacelera-em-junho-e-marca-primeira-deflacao-em-11-anos